e como as polêmicas dos últimos anos a fortaleceram na indústria.
Não há como negar que Taylor Swift tem se tornado o grande destaque da música internacional nos últimos anos, ou melhor: das últimas décadas. Com um começo de carreira em 2006, batendo de porta em porta de gravadoras na cidade do country americano, Pensilvânia, Taylor se consagrou como uma das maiores artistas da música, e gestão de marketing é seu ponto forte para essa conquista.
Aquela menina nos anos 2000 que cantava música sobre amores da sua juventude, vestidos abaixo do joelho, que não bebe, é ingênua e comportada, passando a “perfeita” imagem que conquista a parte conservadora americana, assim como foi com Britney Spears nos anos 90.
Mas seu potencial para música daria passos avassaladores conforme discos lançados e que, consequentemente, sairia da bolha country e abriria espaço para outros nichos da música. E foi assim a imersão ao universo Pop com o álbum Red, em 2012. A vibe de menina jovem e romântica ainda permanece, mas com um pé já no pop e com performances mais audaciosas que lhe fizeram chamar a atenção de outro tipo de público e sem perder a fidelidade de quem a acompanhava nas músicas anteriores. Um posicionamento de marketing importante para sua carreira, que basicamente poderia nos dizer: “ei, mudei de gênero, mas ainda permaneço aqui.”
Mas seu ponto forte de mudança musical e um choque para muitos foi em 2014 com o lançamento do álbum “1989”. Mas como Taylor Swift poderia surpreender o público e não ser só mais uma artista pop no meio das consagradas Beyoncé, Katy Perry e Rihanna?
E é aqui que ela se destaca com o seu marketing de venda.
Para Taylor Swift não é apenas lançar um álbum com uma excelente sonoridade, é lançar tendência e conceito que durará por 2 anos, o tempo da sua turnê na época. O ano de 1989 traz a referência do ano de seu nascimento e, além disso, foi uma época retrô com looks coloridos, calça de cintura alta, cropped e o ponto alto do marketing do álbum “1989”: as fotos polaroids.
Todo esse conceito foi levado para as vendas com CD ‘s físicos em 4 versões em cada qual acompanhando um kit de polaroids de fotos pessoais da cantora com trechos das músicas embaixo, se tornando uma febre nas lojas físicas justamente em uma era em que o digital é a prioridade das gravadoras. Resultado? O álbum vendeu mais de 5 milhões de cópias em apenas 1 semana.
E como podemos colocar em prática a gestão de marketing da Taylor Swift? Veja alguns pontos que ela utiliza em seu trabalho:
1. Utilize as críticas a seu favor.
Kanye West foi cruel com a jovem Taylor Swift no VMA de 2009? Foi! E repetiu a atitude, só que de forma ainda mais cruel, em 2016? Também! Isso, óbvio, abalou a carreira da, até então, moça comportada e boazinha da indústria, que era a senhorita Taylor. Saiba utilizar as inúmeras críticas do mercado a favor do seu trabalho, mas não rebatendo em rede social, crie o marketing pessoal e um repertório para o seu próximo projeto, assim como foi o álbum “Reputation” lançado em 2017 que a artista rebateu as críticas e ofensas e deu uma resposta além da altura que eles mereciam.
2. Fidelize seu público.
Construir a fidelidade para quem te acompanha diariamente leva tempo, isso sabemos muito bem, mas requer outro ponto importante: trazer tendências e novidades constantemente. Não é por acaso que a Taylor vende milhões em cada álbum que lança, isso é mérito do storytelling em produtos e acessórios que ela vende em seu próprio site, atraindo ainda mais público interessado no que ela irá criar e se tornar sua nova marca registrada. Um exemplo disso é o cachecol vermelho em referência a música “All too well”.
3. Se torne dona das suas próprias decisões.
Esqueça aquela menina ingênua do country e pense na rainha do pop que Taylor se consagrou. É nesse ponto que iremos falar. Desde que tomou posse do gênero, Taylor se mostrou à frente de todas as decisões de seu trabalho e sempre dando ênfase ao que ela escreve, produz e seleciona cada detalhe do seu trabalho, provando que todo o mérito do sucesso é apenas dela.
Hoje, Taylor Swift é uma das pessoas mais influentes no mundo, capaz de mudar as regras de aplicativos de música, posição política, posicionamento de casos de assédio e a luta ainda ativa, para recuperar o que sempre deveria ser só dela: seu próprio trabalho.